Na década de 1970, o Esporte Clube Vitória passou a contar com a presença de um jogador influente nas laterais do gramado. Trata-se de Jorge Valença, bastante caracterizado pela sua velocidade e sua marcação. Além também de outros fatores técnicos como o cabeceio e o posicionamento.
Nascido na cidade de Valença-BA, Jorge Queiroz de Souza veio ao mundo no dia 19 de Abril de 1953. Ainda sem a alcunha de sua cidade natal, ele muda-se para Salvador aos 18 anos de idade, com a intenção de seguir carreira militar – pois havia acabado de servir ao exército – ou tornar-se jogador de futebol. Sua segunda opção foi a que se concretizou, antes mesmo de tentar a primeira. Jorge fez o teste no Vitória numa manhã. Passou, e não fez a prova do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva). Com isso, começou a integrar a equipe de suplentes do clube rubro-negro.
No ano de 1973 foi que começou a incorporar o time principal, alternando a posição com França, outro lateral renomado na história do clube. Já no ano seguinte ele foi quem exerceu a titularidade da lateral-esquerda, apesar de seus chutes fortes com a perna direita. Junto a Osni e André Catimba, foi um dos únicos jogadores que permaneceram no time titular de 1975.
Participou do elenco que disputou o Campeonato Brasileiro de 1974, no qual o Vitória ficou em 4° lugar da Chave 1 na primeira fase, perdendo apenas dois dos 19 jogos disputados. Nesse campeonato ele atuou em partidas notáveis do Leão. Contra o rival Bahia, que ficou empatado em 1 a 1 e contra o Vasco na última rodada. Confronto no qual o árbitro Agomar Martins deixou de marcar um pênalti a favor do rubro-negro. O resultado final em 0 a 0 deu a vaga ao Vasco na fase seguinte. Até aquele ano, o Vitória já havia jogado com o clube carioca quatro vezes, obtendo o empate sem gols em três ocasiões, e vencendo uma partida por 2 a 0.
Porém, o lateral também é lembrado quanto ao seus feitos nas alas do gramado. Jorge Valença é evocado pela sua velocidade e sua marcação. Costumava posicionar-se bem, postando-se geralmente na defesa, onde dava cabeçadas acompanhadas de uma grande impulsão. Foi também, o primeiro atleta baiano a integrar a seleção brasileira.
Deixou o Vitória no ano de 1977, quando se transferiu para o América-RJ. Em 2014, estava treinando a equipe do Galícia.
