O Vitória demitiu Léo Condé após o técnico ter a sua pior sequência de resultados no comando do Leão. São 7 jogos sem vencer, mesma quantidade do período de sua chegada ao rubro-negro baiano, porém agora com mais derrotas e em um contexto diferente.
Alvo de rumores desde a derrota para o Vasco por 2×1, em que Condé protagonizou a sua pior entrevista coletiva pós-jogo no comando do rubro-negro, a saída do técnico parecia ser questão de tempo. Tanto pelos resultados, quanto por uma eterna pressão (aparentemente mais interna do que externa) que pairava sobre seu trabalho.
Apesar de ser campeão brasileiro da Série B em 2023, o primeiro título nacional da história do Vitória, e quebrar um jejum de títulos estaduais (algo que não acontecia desde 2017), Léo Condé parece nunca ter sido unanimidade. Muitos defendiam, até de forma além da conta, o seu trabalho, acreditando que ele sequer poderia ser criticado por algumas escolhas, o que eu discordo totalmente. Havia motivos para criticar sim, mas também havia motivos para elogiar.
Gratidão não ganha jogo, claro, estávamos vendo isso. Tanto pelo próprio Condé, quanto por alguns jogadores que com certeza estavam sendo mantidos mais por um sentimento de gratidão do que pelo desempenho em campo, que vinha sendo muito abaixo, diga-se de passagem. Porém história precisa ser tratada com respeito. O meu ponto aqui é que Léo Condé merecia uma saída mais respeitosa.
Antes mesmo do anúncio oficial, setoristas, influenciadores e jornalistas já tinham a (quase) certeza que a demissão seria o resultado da reunião entre o treinador e o presidente Fábio Mota. Antes mesmo do anúncio oficial, nomes para substituir já estavam sendo cravados como o novo treinador do Vitória. Falou-se em Wesley Carvalho, que depois foi negado. Falou-se em Thiago Carpini, esse sim oficializado. Poucas horas de diferença entre o anúncio da demissão e a oficialização do substituto.
Se foi correta a saída de Léo Condé ou não, só os resultados em campo vão mostrar. Mas, de qualquer forma, acredito que a condução desse momento não foi bem feita. Pelo que fez, pelo que conquistou, pela figura que se tornou na história do clube, Léo Condé merecia uma saída mais respeitosa.
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