Foi para matar o torcedor do coração, e de alegria ao mesmo tempo! O Vitória conseguiu o mais difícil e venceu o líder Mirassol em São Paulo na noite de domingo. Foram três gols (um injustamente anulado) e uma atuação, no mínimo, excelente do goleiro Dalton pelo Leão. O atleta, até então apenas discreto desde que assumiu a meta rubro-negra com a contusão do jovem da base, Lucas Arcanjo, fez ao menos três defesas muito difíceis, que seguraram o ímpeto dos paulistas e garantiram o placar favorável ao rubro-negro baiano.
O ataque do Vitória, mais uma vez, se mostrou afiado quando teve chance. Assim como contra o ABC, a maioria de chances de gols do Leão foram, imagina só, convertidas em gol pelos atacantes rubro-negros Tréllez e o artilheiro Rafinha. Dois dos lances de gol vieram de contra-ataques rápidos: O primeiro puxado por Dionísio e gol de Rafinha (mal anulado já que a bola foi cortada pelo jogador adversário, inviabilizando o impedimento), o segundo veio de uma tomada de bola também de Dionísio, toque de Tréllez ainda na intermediária defensiva e disparo de Luidy, que deve ter recebido o cogumelo da velocidade como nos jogos de videogame, que deu uma assistência primorosa para Rafinha bater de chapa e colocar, naquele momento, o Vitória no G8 do campeonato devido ao saldo de gols.
Só com esses lances, eu já destaquei todos os atletas da frente do Leão, a exceção de Gabriel Honório. Escalado para substituir Eduardo, suspenso, Honório fez também bela partida, tanto na recomposição, como na frente. Foi dele o chute que resultou no rebote de Tréllez e primeiro gol do Vitória no jogo.
Apesar do placar, a torcida do Vitória não ficou nem um pouco tranquila na partida. Isso porque, tecnicamente, o elenco do Mirassol é muito superior ao Vitória. Os dois laterais são muito bons e participaram demais das jogadas ofensivas. Os pontas também são rápidos e habilidosos e deram um sufoco danado aos laterais do Leão, Alemão e Lazaroni. No setor defensivo, as transições rápidas dos paulistas deixaram, em alguns momentos, o segundo terço defensivo perdido na marcação, dando muito espaço para que os paulistas atacassem com muitos atletas na frente.
Aí, foi a vez dos milagres de Dalton! A mais incrível foi puro reflexo em que espalma a primeira bola e já se recompõe para rebater mais um tiro a queima roupa. Sem ele, o Vitória não conseguiria segurar o placar! No segundo tempo e com a vantagem reduzida no placar após bobeira em escanteio, o técnico João Burse fez o que muita gente não gostou….recuou demais o time. As substituições fizeram o Leão terminar a partida no 5-4-1, com Dalton, Alemão, Marco Antônio, Alan Santos, Léo Gomes e Lazaroni; João Pedro, Zé Vitor, Iury e Hitalo e só Dinei na frente para tentar segurar a bola no ataque.
Aí foi, literalmente, ataque contra defesa. Tirando algumas faltas sofridas por Hitalo e uma arrancada de Lazaroni, a partida teve ares desesperadores para o Leão, que precisava manter o placar. Foi uma estratégia arriscada do treinador, mas deu certo. E o técnico tem crédito. Está invicto desde que chegou ao clube.
P.S: É claro que é brincadeira o título do texto. Mas hoje é o sentimento da nação rubro-negra ao rever os melhores momentos da partida! Foi incrível, Dalton!
