A situação era terrível. A última vitória do Leão no campeonato havia sido em 20 de julho quando venceu a Ponte Preta por 1 a 0 no Barradão. Antes disso, o Rubro-Negro só havia vencido na competição na 5ª rodada, contra o Brusque. A posição na tabela era o 17º lugar, com sete derrotas e mais oito empates. O aproveitamento não chegava aos 30%.
Neste tempo, chegou o técnico Wagner Lopes, que havia saído do Vila Nova em junho. Em quase um mês de trabalho, Wagner já colhe os frutos com resultados. Foram duas vitórias, uma delas fora de casa, feito inédito para o Leão na Série B, e invencibilidade de cinco jogos.
É o melhor início de um técnico no Vitória desde que o clube caiu para a Série B em 2018. Percentual de 60% de aproveitamento até então, a frente dos antecessores Ramon Menezes e Rodrigo Chagas que terminaram os seus trabalhos com 30% e 52%, respectivamente.
É bom lembrar que a má gestão do clube interferiu negativamente nos resultados da equipe nos últimos anos. E na permanência ou não dos seus comandantes também. Foram, ao todo, 12 treinadores que comandaram a equipe: além dos três e do interino Ricardo Amadeu este ano, tivemos Mazola Júnior, Eduardo Barroca, Bruno Pivetti, Geninho, Carlos Amadeu, Osmar Loss, Cláudio Tencati e Marcelo Chamusca. Empatam em aproveitamento com Wagner Lopes nos cinco primeiros jogos apenas Marcelo Chamusca e Carlos Amadeu.
Em campo
Além dos resultados, o que mais chama a atenção no trabalho de Wagner Lopes é que a equipe parece mais confiante em campo, mais consciente do que está fazendo. A falta de qualidade em alguns setores ainda é elemento gritante, mas o time parece mais unido e como mais garra para trabalhar.
Em relação aos técnicos anteriores, especialmente Ramon Menezes, Wagner também realiza poucas mexidas na equipe de um jogo para o outro, o que dá um maior entendimento para os atletas do que deve ser feito. Mas ainda há o que se melhorar.
Se o tema é resultado, Wagner ainda precisa fazer com que o grupo garanta mais vitórias para deixar a incômoda zona de rebaixamento para a Série C. Mesmo com os triunfos, o time está na mesma posição que Wagner encontrou quando chegou, a 17ª posição.
Em campo, é preciso encontrar peças que realmente encaixem no setor ofensivo do Leão, que ainda não produz com eficiência com Bruninho, Soares, David e Wesley disputando posições.
É preciso ficar atento também ao recuo do Leão quando tem a vantagem no placar, como ocorreu contra o Operário-PR. Apesar de ter suportado a pressão, o time precisa ter mais alternativas do que apenas se defender nesses momentos.
Os próximos jogos contra Remo e Brusque serão decisivos para o Rubro-Negro. São confrontos diretos na luta para subir na tabela e fugir da degola! É esperar e torcer!