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Muita hora nessa calma

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O Vitória fez ontem uma daquelas apresentações que criam brilhos nos olhos e aquecem a paixão dos seus torcedores. Um vira que vira pra cima do Botafogo, finalista do Carioca, em pleno Engenhão é realmente um feito para ser comemorado. Mas vamos com calma.

Quem assistiu ao jogo desde o início viu um Rubro-Negro apático, nervoso e demonstrando medo do adversário. Foi necessário levar um gol chorado, oriundo de uma falta não marcada, e convertido por um ex-atleta do clube que tinha todos os motivos para fazer o desabafo que fez na comemoração. Só assim o Leão acordou. A atuação segura do meio campo junto a atitude de mudança dos laterais e o despertar do atacante Tartá, levaram o Vitória a construir diversas jogadas e sem exageros, poderia ter levado a um triunfo mais expressivo. A expulsão do lateral Lucas, do alvinegro, também ajudou. Outro que foi expulso foi Pedro Ken; uma falta boba que provocará sua ausência em campo contra o seu ex-clube, o Coritiba, na próxima fase da competição.

Mas o foco desse texto é outro: Cada dia é um dia, cada jogo é um jogo e não é todo dia e nem todo jogo que o Vitória encanta; esse tipo de atuação não é frequente, logo, essa equipe ainda não é a campeã baiana. É uma missão difícil tentar conter a euforia da torcida, mas vale a pena tentar alertar que as vezes esse tipo de incentivo pode atrapalhar o desempenho da equipe durante a semana e pressionar os jogadores durante o grande duelo do domingo.

Por isso “muita hora nessa calma”. Continuamos com as laterais defeituosas, um zagueiro “bragueiro” e uma falha na ligação entre o meio e o ataque. Ricardo Silva ainda terá que quebrar a cabeça para definir quem joga ao lado de Neto Baiano no domingo, já que Marquinhos estará de volta ao time e Tartá está em boa fase. Outra boa notícia é o retorno da dupla de zaga titular: Gabriel Paulista e Victor Ramos. Léo, que se machucou ontem durante o jogo, será avaliado; em sua ausência, Romário está pronto.

A vantagem do BaVi é tricolor, mas em campo são 11 contra 11 e em clássico não existe favorito. Agora é deixar a euforia de lado e ter calma, fé e esperança, afinal, “somos invencíveis, não vamos temer”.


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1 COMMENT

  1. Eu também acho, cada jogo é um jogo. Mas que pode, sim, melhorar a confiança do time, isso realmente pode.
    Em relação a Léo, ainda acho que o Romário está jogando relativamente melhor, nos últimos jogos o lateral titular do Vitória não estava acertando um cruzamento…
    Saci é sem comentários, um maluco, não passa segurança nenhuma, a sorte é que vem até jogando bem para queimar a minha língua.
    Sobre Tartá e Marquinhos, será realmente uma escolha dificil para a final, mas espero que ele saiba o que está fazendo, afinal só quem está diariamente nos treinos sabe como vai cada jogador.