Quando sai a escalação da partida do Vitória, uma coisa é certa: alguma surpresa vai aparecer como titular dessa vez. Seja com Geninho ou Fabiano Soares, o Leão da Barra não repetiu sequer uma escalação entre os dois jogos da Copa do Brasil e os seis primeiros jogos da Série C.
Quando se vê esse grau de mudanças, em um time como o Vitória, é comprovada ou a má qualidade do elenco ou do seu treinador, que não tem confiança nos seus 11 titulares. Entrosamento? Isso passa longe do Barradão.
Só levando em consideração do meio pra frente, contabilizando do segundo homem de meio ao centrovante, foram 17 atletas que já atuaram, sejam como titulares ou reservas. E a situação parece longe de ser encerrada, já que o clube continua contratando jogadores em uma busca desesperada por mais qualidade no elenco. Rafinha, o último deles, e Thiaguinho, contratado para a Série C mas que só realizou a estreia no último jogo, que o digam.
Nessa lista de 17, o quinteto que vence em jogos disputados como titular é Léo Gomes, Eduardo, Alisson Santos, Luidy e Santiago Tréllez. Esses também figuram na lista dos que mais participaram, com destaque para Alisson Santos que esteve em todas as últimas oito partidas. Léo esteve em cinco, Eduardo em sete, Luidy em seis e Tréllez em sete. Além deles, temos Roberto, que também apareceu em todos os jogos, Gabriel Santiago e Dionísio com cinco partidas cada.
Os outros nomes são: Alan Santos, Miller, Jadson, Jefferson Renan, Alan Pedro, Guilherme Queiroz e Dinei.
Acredito em duas coisas importantes nesse momento tão improdutivo do clube e seus atletas: 1) Taticamente, alguma coisa não está sendo bem feita, já que, ao menos no histórico, alguns desses jogadores já tiveram melhores desempenhos no Vitória e fora dele; 2) Se você mudar uma equipe a todo momento, é claro que ela não vai ter uma identidade, uma forma de jogar, e, em alguns casos, o próprio jogador pode não conseguir render nessas condições.
Com isso, torcedor, o que dá para dizer é que tentar de tudo, só por tentar, não resolve. Ainda mais com incoerências. Por exemplo, alguns atletas têm boas atuações em algumas partidas, mas não seguem como titulares nas partidas seguintes, a exemplo de Roberto contra o Fortaleza no Barradão, que foi um dos mais perigosos, e começou no banco contra o Botafogo (PB). Sem contar em casos defensivos, como Marco Antônio ser preterido na zaga nesta última partida.
Ou o treinador Fabiano Soares começa a testar um time base, com as peças que mais estão rendendo nos jogos, ou vamos viver mais pesadelos nos próximos dias. É isso ou a degola!
