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No BaVi, Ney Franco continua fazendo testes

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No seu segundo BaVi, Ney Franco ainda não sabe o que é um triunfo. Até o final do ano, ele terá mais três clássicos, se contar com os clássicos das finais do Campeonato Baiano, caso os dois se classifiquem. No dérbi de ontem, foi um jogo tático e com poucas chances de gol. Os dois técnicos entraram em campo para anular outro e esqueceram de arrumar os seus times no ataque.

Marquinhos Santos estava ameaçado e entrou com um esquema reativo ao do Vitória. Com três volantes posicionados atrás da linha da bola e um time recuado, no primeiro tempo, o Bahia entrou em campo para jogar por uma bola. A chance aconteceu, mas esbarrou numa bela defesa do goleiro Wilson e um chute forte do atacante Marcão.

Apesar de não contar com Escudero, Ney Franco escalou o Vitória num 4-4-2 bem definido com Wellison centralizado, Mauri auxiliando Euller na esquerda e Cáceres ajudando Ayrton pela direita. Juan, Marquinhos e Dinei não tinham responsabilidade de marcação. Esse esquema possibilitou ao rubro-negro jogar de forma segura na defesa, sempre dobrando a marcação em cima dos laterais e pontas do Bahia, embora sacrificasse o meia Cáceres. Como o futebol não é uma ciência exata, o Leão, que tinha mais posse de bola, marcou o seu gol no contra-ataque puxado por Marquinhos e finalizado por Juan. Na figura da esquerda, o Vitória atacando, na direita, o rubro-negro defendendo.ataque_defesa

O grande problema do desenho tático utilizado por Ney é que é preciso de um bom meia articulação, algo que Juan já mostrou que não executa com precisão. Sem o “camisa 10”, o time fica previsível e passa a jogar em função do seu atacante de velocidade. Além de não contar com o meia, Cáceres, Marquinhos e Dinei não estiveram nos melhores dias contra o Bahia.

O bom do clássico é afirmação dos garotos Matheus Salustiano, Mauri, José Wellison e Euller, que souberam aproveitar as oportunidades e devem permanecer no Vitória. Se a diretoria precisava de uma prova que o elenco não está pronto para o Campeonato Baiano, não precisa mais.pranchetas_segundo tempo

VITÓRIA: Wilson (1); Ayrton (2), Matheus Salustiano (3), Rodrigo Defendi (4) e Euller (6) (William Henrique (20)); José Wellison (5), Mauri (7) (Mansur (16)), Cáceres (8) e Juan (10); Marquinhos (11) e Dinei (9). Téc.: Ney Franco


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