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Conselho vota orçamento do Vitória para 2021

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Na manhã deste sábado (27), o Conselho Deliberativo se reuniu virtualmente para debater e votar sobre o orçamento do clube para a temporada 2021. Cerca de 67 conselheiros votantes apreciaram a proposta orçamentaria do Conselho Diretor, tentar ver o demonstrativo detalhado do final da temporada 2020 e ouvir os comentários do Conselho Fiscal acerca do orçamento. Sendo assim, os conselheiros definiram uma forma para aprovação.

O Conselho Diretor apresentou um orçamento no valor de R$48 milhões e já no início os conselheiros demonstraram que negariam a proposta. Nisso, o Conselho Fiscal entrou em cena e apresentou o orçamento no valor de R$35 milhões e com ressalvas, ocorrendo uma diminuição de R$13 milhões da proposta anterior. O Conselho Deliberativo aprovou este último, mas de uma maneira diferente. Ao invés de ser para toda a temporada, foi aprovado com contingenciamento de dois meses.

Ou seja, os meses de janeiro e fevereiro foram “liberados” agora, já que não foi apresentada nenhuma planilha do que ocorreu. Em abril ocorrerá uma nova reunião do Conselho Deliberativo para avaliar os dois primeiros meses de 2021 citados e o mês de março. E assim seguirá por todo o ano: a cada três meses será avaliado o orçamento do clube, podendo aumentar o valor bem como diminuir, em relação com que será apresentado de receitas e despesas trimestralmente.

O DINHEIRO DE DIEGO ROSA

Na reunião foi afirmado que o valor da transação de Diego Rosa do Grêmio para o exterior, que o Vitória tem direito, já foi depositado na conta do clube e já teve destino em gastos no clube, porém não foi apresentado de que forma e em quê foi gasto. Os conselheiros esperam que sejam divulgados na próxima reunião de abril, já que faz parte das contas entre janeiro e fevereiro de 2021.

“O CLIMA DO VITÓRIA DEVERIA SER DE UNIÃO”

Após a reunião do Conselho Deliberativo e consequentemente a derrota do seu orçamento, o presidente Paulo Carneiro utilizou sua rede social para falar sobre a maneira que ficou decidida, afirmando que aprovaram “um engessamento do clube e que cada um assuma sua responsabilidade”.

Paulo Carneiro não participou da reunião, segundo ele, por conta da “animosidade de um grupo de conselheiros” dando a entender que queria evitar algum tipo de discussão mais quente durante a reunião, mas que após a decisão do Conselho, irá participar das próximas (a primeira deve ocorrer em abril).

“Há um clima claro dentro do conselho, por questões políticas, de um voto de desconfiança à minha pessoa. Não vão conseguir provar nada contra mim. tenho uma história dentro do clube de 20 anos de construção, sem dinheiro e sem recursos.”

Ele lamentou esse clima, dizendo que deveria ser de união dentro do clube por conta da situação. Afirmou ainda que irão junto com o departamento jurídico do clube analisar essa decisão do Conselho Deliberativo acerca dos direitos do Vitória, se irá impactar ou não.

Se dei prejuízo ao clube em contratações, todo mundo dá. Errar nas contratações faz parte do processo, basta contratar. Agora encontrar falhas nossas operacionais, desvios de conduta, isso é impossível.”

BAIXA ADESÃO NA REUNIÃO

Poucos conselheiros compareceram à reunião online. Vale salientar que a cidade, bem como 90% do Estado, está com toque de recolher imposto pelo governo estadual junto com as prefeituras em uma ação para combater o contágio do coronavírus. Foi através desse argumento que o grupo de conselheiros da Frente Vitória Popular pediu formalmente a não realização presencial e sim de forma online, pedido este atendido.

O grupo também sofreu uma derrota judicialmente. Desde que o Conselho Deliberativo, através do presidente Fábio Mota, instituiu a taxa compulsória do Conselho, o grupo foi contra e entrou com uma liminar na justiça para impedira punição dos conselheiros que não efetuassem o pagamento (que seria a proibição de participar das reuniões e outras tarefas e direitos dos conselheiros). Porém, Mota recorreu da decisão através do clube e conseguiu uma medida de segurança derrubando a liminar e mantendo a taxa e a consequente punição.

Na sexta-feira (26), o juiz Justino Farias deferiu parcialmente em favor do clube e do presidente do Conselho Deliberativo, suspendendo assim a liminar da Frente Vitória Popular sob argumento dos artigos presentes no próprio Estatuto Social do clube, afirmando que “permitir a participação dos Conselheiros inadimplentes em reunião de Conselho Deliberativo […] é prestigiar o associado faltoso em detrimento e em desrespeito ao associado que, com ou sem
sacrifício, cumpre as suas obrigações sociais e contribui com pontualidade, financeiramente, na
manutenção da associação.”
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A Frente Vitória Popular deve, em breve, se manifestar oficialmente em suas redes sociais acerca da decisão judicial.


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