Antes de começar o post, que fique claro que ele não tem como objetivo minimizar a derrota no clássico. Perder pro rival em nenhuma hipótese ou circunstância pode ser visto como algo menos importante, muito menos ver algo positivo em perder um jogo como esse
Esclarecido isso, sigamos. O Vitória, que busca o bi-campeonato no glorioso campeonato baiano, chegou ao clássico da última rodada da primeira fase invicto. Os meios de comunicação enalteciam esse feito, mas pareciam ignorar que os adversários dessa “brilhante” sequência invicta eram Serrano, Juazeirense e Catuense, justamente os três piores times da segunda fase do campeonato.
A coisa piora ao expandir a análise para o restante da temporada. Ao enfrentar times que já possuem divisão nacional, logo são mais fortes, o Vitória não conseguiu vencer nenhum. Contra o América de Natal, que joga a Série B, derrota em casa e empate em Natal. Contra o Ceará, da mesma divisão dos potiguares, empate em casa e derrota fora. E completando, o clássico, com um empate e uma derrota. Contra os outros adversários do Nordestão, a dupla de Aracaju que disputa a vaga na Série D, três vitórias e um empate
O que parece é que pouco adiantou manter a base vencedora de 2013. Nesse início de ano, o Vitória apenas venceu os times que tem obrigação de vencer com facilidade – e ainda venceu jogando mal, diga-se – e não conseguiu nenhum resultado positivo contra os times que mostraram maior resistência, e ainda sim jogam uma divisão abaixo.
O primeiro trimestre do ano está perto do fim, e o que vemos é um treinador fazendo testes em cima de testes, buscando soluções para um elenco incompleto; uma diretoria que pouco se move para mudar essa situação. Contratações questionáveis e especulações ruins. Para completar, um elenco capenga, sem jogadores aptos para posições fundamentais.
Nesse ciclo vicioso, perde a torcida e o próprio clube, já que o resto está só de passagem
Foto: Aratu Online