Depois de quatro anos escrevendo notícias, matérias, pós-jogos, pré-jogo, resolvi assumir uma coluna. Para quem não me conhece, eu sou o fundador do Arena Rubro-Negra, e o “intruso” na equipe, já que curso Engenharia Mecânica. Esse fato não me impede de escrever, pelo contrário, aguça alguns pontos nas minhas análises como táticas, estatísticas e outras situações que pretendo compartilhar neste espaço.
O primeiro jogo analisado não poderia ser outro. Um BaVi, o maior clássico nordestino, disputado com tanta intensidade e equilíbrio como o de ontem. O resultado acabou 0 a 0, mas poderia ter dois ou três gols para qualquer lado e não seria injustiça. Ao técnico Caio Júnior, o clássico deixou uma mensagem: É preciso variar.
Caio Jr. não alterou a forma de atuar da equipe. Uma linha com quatro defensores, dois volantes, três meias e um atacante. A válvula de escape do time é o lateral Nino, que inicia as jogadas ofensivas do time. Contudo, também é o grande problema defensivo do Vitória.
Não é coincidência. Nos três jogos, Goiás, São Paulo e Bahia, marcaram o lado direito do Vitória e exploraram as costas do lateral. Maxi foi vigiado pelo lateral-esquerdo, forçando ao Vitória a tentar jogadas pelo lado oposto. Porém, nas duas primeiras partidas, Caio Júnior achou uma solução e rearrumou o time no 4-4-2 argentino, com Escudero e Cáceres marcando por dentro, Cajá centralizado como um “engache” e Maxi caindo pelo lado esquerdo.
No primeiro tempo do BaVi, foram duas chances criadas para cada lado. O Vitória criou as duas pelo lado direito com Maxi em velocidade e uma cabeçada de Gabriel, enquanto o Bahia abusou das costas de Nino, Wallyson arrumou duas chances.
No segundo tempo, a figura mudou com as entradas de Camacho e Daniel Borges nos lugares dos lesionados Renato Cajá e Nino Paraíba. O Vitória inverteu o jogo, passou a usar o lado esquerdo, porém sem efetividade. Escudero, o mais lúcido da partida, passou a jogar por dentro, se alinhando com Camacho e o Vitória passou a jogar num 4-4-2.
Com a necessidade de pressionar o adversário, Caio foi por tudo ou nada. Tirou Cáceres, inoperante na marcação e na articulação, para a entrada de Vander. Escudero foi recuado para volante e o Vitória passou a jogar no 4-2-3-1, com uma variação para 3-4-3, com Michel recuando para a linha defensiva.
O gol não saiu, mas o técnico Caio Júnior tem que abrir os olhos. Os adversários estão estudando o Vitória e é preciso variações de esquemas e jogadas mais contundentes. A entrada de Magal e Vander como titulares seria uma boa para mexer com os adversários.
Essa é a minha primeira análise. Espero que tenha gostado e volte a esse espaço mais vezes. Qualquer crítica, opinião e comentários são muito bem vindos.
Até a próxima, rubro-negro!
SRN!