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Vitória 1×1 Atlético – MG, por Flávio Sande

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Um time mais compacto na defesa e frágil no ataque. Assim se definiu o Vitória na partida do último sábado (07), contra o Atlético –MG, no Barradão. A primeira vez do técnico Ney Franco sob comando leonino no seu mando de campo foi marcada por uma melhora defensiva, ainda não significativa, mas já vista. Já o setor ofensivo continua deixando a desejar. Contando com Maxi bem em campo, mas sem inspiração no meio, o comandante pouco pôde fazer para melhor a munição rubro-negra.

No primeiro tempo, o Leão soube se comportar e até anular o Atlético –MG. Foi quando Dinei acreditou no lance (e na falha do gramado), disputou a bola com o goleiro Victor e deixou Marquinhos com o gol totalmente aberto para iniciar a contagem do placar. O número nove, criticado pela torcida por suas últimas atuações, não teve uma grande chance de balançar as redes, mas não faltou luta tanto no ataque quanto na defesa por parte do atacante Dinei. Marquinhos, outro que ganhava mais uma oportunidade no time titular, fez o seu melhor diante da falta de ritmo de jogo e das condições do gramado, que dificultava as ações dos dois times com a bola rolando.

A zaga, setor mais discutido atualmente, teve uma pequena melhora. A dupla de zagueiros formada por Victor Ramos e Kadu foi bem, até metade do segundo tempo. O estreante da noite “zagueirou” bastante a partida toda, mas em um lance fundamental, falhou e entregou o gol de bandeja para o ex-leonino Neto Berola, 1×1. Vale enfatizar também a bela atuação do lateral-esquerdo Juan, jogador que chegou há duas semanas, mas que já tomou e chamou a responsabilidade da ala para ele. O goleiro Wilson e o lateral-direito Ayrton fizeram o verdadeiro “feijão com arroz”. Wilson, por sinal, esteve bem nas bolas aéreas, sua deficiência.

A “bola murcha” da análise vai ficar para um setor elogiado no início da temporada, mas que, com os desfalques e as recaídas, vem se arrastando neste final de primeiro turno. O meio de campo Rubro-Negro não está bem. Talvez podemos “culpar” a má fase do setor de criação pelas constantes mudanças de escalação nas rodadas, mas o problema chegou ao ponto de ser técnico mesmo. Renato Cajá, contratado para ser o maestro do Vitória, não joga bem há tempos. Não ataca, não marca, e se esconde do jogo quando o Leão mais precisa. Michel se comportou bem e Cáceres ainda precisa saber em qual posição jogar. O paraguaio até tem vontade, mas se mostra perdido quando o assunto é ataque.

Enfim, Ney Franco ainda terá que trabalhar muito para ter o time nas mãos. As falhas em todos os setores estão cada vez mais perceptíveis, e com a metade do campeonato já apontando na tabela, as falhas se tornam preocupantes. Cabe ao treinador encontrar os seus 11 titulares e torcer para que os mesmos reencontrem o futebol do início do brasileirão.

Notas individuais

Wilson: 6,5
Ayrton: 6,5
Victor Ramos: 6,5
Kadu: 5,5
Juan: 7
Michel: 6
Cáceres: 5,5
Renato Cajá: 5
Marquinhos: 7
Maxi: 7
Dinei: 6,5

Leílson: 6 (pouco mostrou no tempo que esteve em campo).
Neto Coruja: 5,5 (falhou ao não acompanhar Neto Berola no gol de empate).
Alemão: Sete minutos não são suficientes.

 

Foto: EC Vitória


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