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16 contratações, valorização da base e insucessos em campo: o fim da era Damiani no Vitória

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Uma notícia pegou muitos de surpresa no início da noite da última quinta (17). Depois de cinco meses, Erasmo Damiani, aquele que seria o “braço direito e esquerdo” do presidente recém-eleito Ricardo David foi demitido. Alvo de críticas, o profissional não conseguiu emplacar, se tornando um dos grandes alvos do torcedor e da Imprensa, que cobravam soluções para o Vitória, que ainda não se encontrou na temporada.

Damiani chegou ao Vitória com status de campeão olímpico de futebol por ser um dos responsáveis por coordenar a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos disputados no Brasil. Em clubes, acumulava passagens pela base de Figueirense, Palmeiras e Atlético-PR. Já no futebol profissional não deu muito certo.

O fato de trabalhar com jovens o credenciou ao posto no Vitória, isso por conta da metodologia que fazia parte do planejamento da nova gestão, que pregava conceder espaço para atletas das divisões de base. Isso de fato aconteceu: Luan, Nickson, Cedric, Flávio e Bruno Bispo foram alguns dos jogadores oriundos da Toca do Leão que tiveram (e vêm tendo) chances no elenco principal.

Além disso, o clube, por conta da nova política de contratações, optou em deixar o elenco mais jovem no início da temporada, trazendo atletas com idades entre 20 e 26 anos, salvo algumas exceções. Isso tornou-se um risco, pois a falta de experiência comprometeu o grupo em momentos importantes, como na final do Campeonato Baiano e início do Brasileirão.

Ao todo foram 16 contratações, porém nenhum jogador chegou fazendo o torcedor transbordar de felicidades ou “lotar o aeroporto” como brincam por aí. Muitos são titulares, outros já perderam espaço e, com isso, podem nem atuar mais.

Chegaram ao clube: Elias (22 anos), Lucas (30 anos), Walisson Maia (26 anos), Bryan (26 anos), Pedro Botelho (28 anos), Jeferson (21 anos), Aderllan (29 anos), Lucas Marques (22 anos), Guilherme (24 anos), Baumjohann (31 anos), Rodrigo Andrade (20 anos), Belusso (29 anos), Lucas Fernandes (24 anos), Wallyson (29 anos), Rhayner (27 anos) e Denilson (22 anos).

Em campo, a equipe coleciona insucessos. Viu o rival ser campeão baiano dentro do Barradão, venceu apenas um jogo em cinco disputados no BBrasileiro, e na Copa do Nordeste, precisa golear o Sampaio Corrêa no jogo de volta para chegar à semifinal. Ou seja, é um primeiro semestre para de fato ser refletido (nunca esquecido, porque quem esquece repete o erro).

Agora, o Vitória tem uma temporada inteira pela frente para se recuperar. Um profissional mais gabaritado precisa sentar à mesa hoje e prospectar com mais intensidade o mercado. Fortalecer o elenco e fazê-lo recuperar a moral, a estima, e os pontos na Série A, afinal a zona do rebaixamento incomoda e ninguém quer passar mais um ano esperando que um concorrente sofra um gol e nos salve da queda aos 50 minutos do segundo tempo da última partida.


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