O tratamento que recebeu o torcedor do Vitória que se deslocou até Maceió para acompanhar a partida do rubro-negro contra o CRB diz muito sobre a atual situação de atraso e limitação do futebol alagoano.
A primeira grande prova disso foi quanto ao preço dos ingressos, antes divulgados pela equipe regatiana (veja aqui) no valor de R$ 30 inteira e R$15 meia, depois praticados a absurdos R$ 60 preço único somente aos visitantes.
Só para se ter uma ideia, haviam na bilheteria torcedores indignados mostrando os seus tickets de entrada em estádios como o Castelão (CE) e Maracanã (RJ), onde assistiram jogos do Vitória contra os times locais pagando somente R$ 10.
Se não fosse o bastante, a promoção que garantia acesso gratuito de mulheres no Rei Pelé também se limitou à torcida local, tendo os rubro-negros que apelar à Polícia Militar para negociar – com muito esforço – a entrada. Só algumas conseguiram.
O estádio, por sinal, aparenta ter sido pincelado para mostrar boa conservação nas telas da televisão. Após uma suposta reforma, só o que se vê de reparado por lá é o gramado e as redes. Pelé deve ter vergonha.
A maior praça esportiva do estado de Alagoas tem a fachada deteriorada, catracas de acesso arcaicas, estrutura amedrontadora, arquibancadas sujas, cadeiras quebradas… lembra de perto a situação da Fonte Nova antes da tragédia que decretou o seu fechamento.
Talvez pelas práticas oportunistas e pelo descaso com o seu futebol a Federação Alagoana de Futebol tenha que se contentar com o baixo rendimento de seus times nas competições que disputam, seja a nível nacional ou até mesmo local.
Essa postura contrasta com a vocação turística de Maceió, com a harmônica e agradável hospitalidade de seu povo, mas se assemelha às práticas sujas de seus principais representantes políticos em Brasilia, os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor de Mello.
Diante do quadro, sinto dizer que por algum momento a campanha #AvanteNordeste perdeu o seu sentido.
No tocante ao preço do ingresso, desconhecia tal fato, sou torcedor do CRB e acho um absurdo. Primeira vez que escuto falar que o ingresso cobrado aos visitantes estava mais caro. A respeito da promoção das mulheres, era só para quem entrasse com camisa vermelha, branca ou do CRB, não se estendia para a torcida visitante. As cadeiras grande parte foram quebradas por vândalos de torcida organizada, a maioria dos torcedores não fazem questão por elas,diminui a capacidade do estádio. Estádio que realmente precisa de uma reforma de verdade, pq alguns setores tem realmente suas falhas. Ja a respeito do futebol alagoano, o CRB acabou de subir, a meta era se manter, proximo ano tentaremos o acesso. o CSA tá morto mesmo, já o ASA quase subia para B.
Dificuldade a torcida visitante? Ta pensando que tem arena em todo lugar é? Nunca foi ao Arruda, Frasqueirão, Aflitos, Amigão, não? Concordo em boa parte do texto, afinal foram empregados 17 milhões nos últimos anos em reforma ao estádio, o que não justificaria tal descaso tanto de manutenção como de investimento desse patrimônio público.
Olá, Felipe. Os estádios que você citou – e caberia o Barradão aí – estão no meio termo entre o que era e o que está tentando o ser o futebol brasileiro. Talvez por todos estarem no Nordeste, o atraso em relação aos outros seja mais evidente. No futebol que a CBF nos propõe atualmente, todos os torcedores mandantes e visitantes são tratados da mesma forma, excluindo as tradicionais dificuldades que os mandantes impunham aos visitantes em questão de acesso, comodidade, etc.
Mais ainda assim, o meu comentário no texto faz referência ao Rei Pelé dentro do contexto de desenvolvimento do futebol alagoano, que embora figure as divisões intermediárias com dois, três e até quatro times (superando a Bahia, por ex), esbarram em suas próprias barreiras na tentativa de completar esse caminho.
Agradeço pela sua participação, forte abraço!
um setor parado , iluminação além de cara é muito ruim , muitas partes da arquibancadas ficam toda escura , banheiros horríveis , falta de manutenção , cadeiras faltando , pintura antiga de antes da reforma de 2010 aparecendo em alguns setores tá complicado mesmo.
muitos clubes fazem isso , cobram mais da torcida visitante , mais esse preço ainda tá barato pra o que acontece na série A por exemplo. torcedores do corinthians pagando mais de 100 reais pra ficar no cimento .. e por ai vai.