A tragédia era anunciada. Após perder para o Jacuipense de virada no final de semana, o Vitória precisava ganhar a partida e torcer por outros resultados para se classificar para as semifinais do Baiano. O time vinha com um total de 20 desfalques e muita desorganização. Ganhar o jogo, que era obrigação, estava longe de ser uma certeza para os torcedores.
O Vitória veio com Cabral, Edi Carlos, Mateus Moraes, Wallace Reis, Roberto, Paulo Vitor, Cedric, Alisson Farias, o número 7, Ygor Catatau e Aníbal. Jogadores que não estavam sequer indo para o banco estavam agora como titulares (casos de Alisson Farias e Aníbal) e outros atletas da base com sua primeira grande oportunidade no profissional já em um jogo decisivo como o quarto goleiro Cabral e o volante Paulo Vítor.
Assistir ao jogo foi um ato de resistência e prova de amor ao Esporte Clube Vitória. Que jogo ruim. Péssima qualidade técnica e tática de ambas as equipes. O Vitória se valia de um fraco Alisson Farias, que mal conseguia dominar a bola e errava muitos passes. O número 7 cumpriu as expectativas e, mais uma vez, não produziu nada. Catatau era um dos poucos que conseguia algum alvoroço na zaga do Flu, mas teimava em prender muito a bola e tentar passes difíceis nas jogadas. Aníbal foi outro atleta que não disse muito para que veio. Apesar das oportunidades, conseguiu perder todas, uma inclusive de forma inacreditável.
Foi um setor ofensivo, mais uma vez, muito improdutivo. Tanto é que o gol do Leão saiu de um zagueiro. O capitão Wallace agiu como centrovante e marcou aos 18 do segundo tempo. Depois do gol, o time se acomodou e viu o Flu de Feira, lanterna da competição, subir de produção e pressionar o Leão. Um vexame para o Esporte Clube Vitória.
O jovem Cabral chegou a fazer duas defesas importantes, o Flu de Feira teve um gol anulado e marcou o tento de empate aos 41 minutos do segundo tempo. Enquanto isso, o time B do rival vencia o Jacuipense (que o Vitória perdeu) e o Bahia de Feria metia 3 na Unirb (que o Vitória empatou). Lamentável!
Hoje, caros torcedores, não tem muito o que falar ou analisar. A partida diz muito sobre como o Vitória está desorganizado e mal gerido nas suas esferas. É triste e revoltante como, pelo terceiro ano consecutivo, o Rubro-Negro sequer chega às finais da competição.
