Foram 32 jogos com 19 vitórias, sete empates e apenas seis derrotas, mas não o suficiente para manter Paulo César Carpegiani no comando do time Rubro-Negro. O técnico foi desligado do clube na manhã de domingo (21), após a derrota por 2×0, contra o Atlético – PR, no Barradão.
Além do excelente início de Série B, a passagem de Carpê pelo Vitória ficou marcada pela inovação no comando do time. Enquanto o técnico ficava nos camarotes do estádio, seus auxiliares, Ricardo Silva e Rodrigo Carpegiani (seu filho), orientavam à beira do gramado, passando os mandos do treinador aos jogadores.
Fora as desavenças com o volante Uelliton, a nova forma de trabalho entre Carpegiani e auxiliares não ficou bem vista para os jogadores, e isso poderia ter causado a queda no comando técnico. Segundo um funcionário do clube em entrevista ao Jornal A TARDE, o filho do treinador, Rodrigo Carpegiani tinha um temperamento forte, e isso irritava os jogadores.
“Estava difícil a convivência. Ninguém o cumprimentava direito e até os tradicionais abraços antes dos jogos já não estavam acontecendo. Ele tinha um temperamento difícil e estava querendo mandar mais do que o pai. Mexeu com o ego dos jogadores e vimos a queda de rendimento”, disse o funcionário, que não teve seu nome exposto.
O mal-estar entre elenco e comissão técnica gerou a queda de rendimento do time no Campeonato. Antes de qualquer problema extra campo, o Vitória era líder e tinha um rendimento de 73%, aproveitamento esse que caiu para 67%, colocando o Leão na terceira posição do certame.
A missão de recolocar o Esporte Clube Vitória na primeira divisão fica agora para Ricardo Silva, que terá 7 rodadas para recuperar o bom futebol da equipe e a confiança da torcida rubro-negra.