Após um BaVi decepcionante, o Arena Rubro-Negra estreia uma nova coluna. O Corneteiro tem um cunho humorístico e visa divertir os torcedores do Vitória. Diogo Lima é o colunista!
Corneteiro Informa:
Sei que muitos estavam esperando as cornetadas sexta passada, mas resolvi esperar o domingo, para chegar aqui sacaneando as “sardas”, estava até disposto a elogiar Alan Pinheiro. Estava tão confiante, que apostei 6 long neck’s de Heineken (claro, também sei ostentar) que Souza faria gol primeiro que “lo anón de la Itinga” e que seria justamente nesse domingo. Até convidei Souza, que ficaria responsável pelo tira-gosto: sardinha frita com jabá. Só que não foi como o esperado.
COPA DO BRASIL – J. MALUCELLI: Primeiro jogo do Vitória na edição 2014 da Copa mais “democrática” do país, onde estamos no hall da fama por ter disputado todas as edições (junto com o Atlético Kalil Mineiro). A partida foi em um ecoestádio, considerado o primeiro estádio de futebol do Brasil que respeita a natureza, com tudo reciclado, nada agredindo o meio ambiente. Eu particularmente já considero os barrancos e os pinheiros do Barradas como natureza exuberante, mas deixaremos isso de lado por enquanto. Vamos nos ater um pouco ao jogo, horrível diga-se de passagem.
Começamos com a falta de respeito daquela emissora de canal fechada que pertence ao grupo de telecomunicações mais poderoso do país. É, é a SporTv. Que iria transmitir o jogo mas resolveu passar a p*#%@ de um vt de um jogo que nada tinha a ver. Me senti obrigado a ouvir nas rádios.
Quando o jogo começou, acho que o Vitória nem tinha entrado em campo ainda, pois só ouvia o J. Malucelli fazendo as jogadas, criando oportunidades e tentando o gol, nisso nossa batata só assando. E assou!
Batata de pênalti fez 1 a 0. Mas antes, um coelho entrou em campo, como sou supersticioso, acharia que o coelho daria sorte (afinal se um pé dá, um coelho inteiro daria muito mais). Ledo engano! O engano foi tão grande que o Vitória empatou com gol de Alan Pinheiro, que tenho pra mim, tocou sem querer na bola, mas suficiente para desviar e entrar.
Ainda teve um gol mal anulado de Luiz Gustavo, o menino bombril (1001 utilidades).
Enfim, dá pra reverter aqui em Salvador, se nada for inventado na escalação e sem coelhos, passaremos fácil.
A realidade é que com o 1 a 1, os pensamentos se voltaram para esse domingo. Ah, o domingo… Muita gente se preparou, comprou ingresso, esgotamos em poucas horas, prontos para a festa na casa de veraneio no centro da cidade. Outro engano na mesma semana.
BAIANO 2014 – BaVi: Chegou o domingo, poderia ter ido à praia, pegar um bronze, ou bater uma laje na rua, fazer uma caminhada, mas não, fui pro Dique começar a festa. Já que o prefeito botou um trio lá, peguei minha bandeira, minha camisa de 1997 autografada por Bebeto Campos e fui abrir os festejos.
Foi aí que uma série de eventos começaram a surgir nos bastidores do jogo e só fiquei sabendo na hora: Souza não iria jogar, Hugo seria o titular, Mansur ficaria na vaga de Juan machucado e Alan Pinheiro companheiro de ataque de Dinei. Confesso: comecei a suar, pernas bambear, filme passando pela cabeça e imaginei: hoje o dia não vai ser bom.
Entrei na Fonte para ver os pivetes do sub 20, esses sim me enchem de orgulho: 2 a 1, com direito a sarrafo de Darlan e tudo. Pivete mostrou quem manda, coisa que faltou no time dito profissional…
Apesar de ter que me contentar com aquela cerveja, estava otimista, como os quase 5 mil que lá estavam, mas quando veio a escalação, chorei. A corneta já começou a trabalhar, Ney Franco se mostrando mais teimoso que jegue quando empaca: mantendo Defendi na zaga, colocando Mansur de titular e Alan Pinheiro no ataque.
Logo no começo, tomamos o gol que retrata como estava nosso time: escanteio, a bola respinga, sobe e cai entre quatro jogadores do Vitória. Sim, eu disse QUATRO (4) e nenhum, NENHUM infeliz das costas oca pra dar uma bicuda, aí deixam um cara que passou mais de dois anos sem fazer gol, pegar a bola e chutar, fazendo 1 a 0.
O segundo gol deles, veio através da Avenida Mansur, onde começou a jogada e depois entraram na Travessa Defendi, onde sabe-se lá o que ele estava fazendo, deixou o coroa Lincoln chutar e ampliar.
Aí veio a bagunça, o festival de gols perdidos, começando por Telmário, que deverá ficar treinando mira, tiro ao alvo depois dos treinos normais. Little Marcos correu, tocou, correu, mas nada fez. Hugo, para uma estreia estava bom, mas era melhor ter começado do banco. O que falar de Alan Pinheiro? Juvenil, na pequena área, bola pingando, qualquer menininho sabe que se chutar forte, por baixo, mesmo com uma chuveirinho, ela vai subir. Foi o que esse menino fez: deu uma bicuda que a bola caiu na Bonocô. Ney Franco hoje inventou: tirou Marcelo, que hoje jogou nada, errou tudo e colocou Nino Paraíba. Nisso Ayrton ficou de volante, coisa que ele não foi, deixando um buraco, melhor, uma cratera no meio, pois ele ficava mais na direita. Aí vocês falam: “Ah Corneteiro, o Vitória ficou em cima, as tricoletes vieram retrancadas”. Óbvio, time pequeno contra time grande vem fechado, cabe ao grande se impor e brocar, se não passa vexame por não vencer o pequeno.
Se no meio da semana, um coelho quase atrapalhou um jogo, no fim de semana constatou que dois bichos vem atrapalhando desde o começo do ano: um falcão que não alça voo e um carneiro que ninguém vê berrando.
ATÉ A PRÓXIMA CORNETADA SEMANAL OU QUANDO ALGUM EVENTO EXTRA-ORDINÁÁÁÁRIO SURGIR!
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