Com o Vitória mais uma vez lutando para não cair na Série A, o Arena traz um histórico do leão em todas as suas árduas disputas contra o rebaixamento.
A matéria será dividida em três partes: nessa primeira, virão os primeiros anos do rebaixamento, que começou apenas em 1988 apesar do campeonato brasileiro ser mais antigo. Vamos ligar a máquina do tempo.
1988 – O primeiro campeonato com rebaixamento teve um regulamento estranho: todo empate ia para uma disputa por pênaltis para definir um vencedor. Num campeonato com 24 clubes e quatro rebaixamentos o Vitória fez uma boa primeira fase, mas desandou na segunda A disputa contra o rebaixamento envolveu, além do leão, Bangu e Santa Cruz. Para se salvar do rebaixamento, bastava empatar com o Sport no Recife. O resultado foi 1-0 para o time pernambucano. Porém, o Vitória contou com a sorte e com a Portuguesa, que venceu o Bangu por 1-0 e rebaixou o time carioca. O Vitória se salvou e caíram Bangu, Santa Cruz, Criciúma e America-RJ
1989 – Mudou o ano, mudou o regulamento, não mudou a agonia do rebaixamento. Para 1989, os seis últimos da primeira fase deveriam jogar o torneio da morte. Como pior time do Grupo A, o Vitória conseguiu a inglória classificação, junto com Guarani, Atlético-PR, Sport, Bahia e Coritiba. Por causa de uma briga com a CBF, o Coritiba abandonou a disputa e foi o primeiro rebaixado. Sobraram cinco times para três vagas. Após um começo ruim o leão encaixou cinco jogos sem perder e foi definir sua vida novamente no Recife contra o Sport. Assim como em ’88, um empate seria suficiente. Ao contrário do ano passado, o empate veio. 0-0 foi suficiente para salvar o Vitória, que ainda conquistou o título. Caíram Coritiba, Sport, Guarani e Atlético-PR
1990 – Tomar jeito é para o fracos, o Vitória lutou para não cair pela terceira vez seguida. Um campeonato enxuto, com 20 times e apenas 19 rodadas para definir o descenso não iria perdoar muitos erros. Na primeira fase o Vitória surpreendeu e ficou a apenas um ponto de ganhar o seu grupo e classificar para a fase final. Na segunda fase a agonia começou. O rubro-negro ficou seis jogos sem vencer, apenas observando os adversários se aproximando perigosamente. Para nossa sorte, apenas dois times caíram naquele ano e a dupla paulista composta por Inter de Limeira e São José se esforçaram bastante, passando longas rodadas sem vencer. Ainda assim a disputa chegou na última rodada. Com a Inter de Limeira já rebaixada, a última vaga ficou entre Fluminense, Portuguesa e Internacional, todos com 13. Vitória e São José com 15. Os três primeiros ganharam, Vitória e São José perderam. Cinco times empataram em 15 pontos e o rebaixamento foi definido no saldo de gols. Com -7 contra -10, o Vitória se salvou por três gols, caindo Inter de Limeira e São José
1991 – Para 1991 o regulamento seguiu o mesmo de 1990: 20 times, turno único, dois rebaixamentos. Regulamento igual, desespero igual. Após um campeonato muito fraco, o Vitória chegou na última rodada com quatro jogos sem vencer, mas ainda com boas possibilidade de se salvar. O Sport era lanterna com 11 e Vitória e Grêmio vinham com 12. A decisão seria em casa contra o Fluminense. A necessidade era vencer e torcer por um empate do Grêmio. O time gaúcho perdeu, o Vitória também (Fluminense 2-1 na Fonte Nova) e quem se deu bem foi o Sport, que venceu o Flamengo em casa e escapou da B. O Vitória, após anos lutando para não cair, ganhou sua passagem para a Série B e como lanterna.
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