Início Especiais Fenômeno: O peso de uma camisa acompanha a vestimenta da outra rival

Fenômeno: O peso de uma camisa acompanha a vestimenta da outra rival

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Reza a lenda que um raio não cai duas vezes no mesmo local. No futebol, a história não é muito diferente quando falamos de “vira-casacas”. Quando Jorge Wagner e Maxi Biancucchi, que são ex-jogadores de Bahia e Vitória, entrarem em campo na tarde deste domingo (1º) para o primeiro BaVi do ano, uma crista acompanhará os dois ao decorrer dos noventa minutos, isso se os dois durarem esse tempo dentro das quatro linhas.

No futebol brasileiro já é normal um jogador iniciar a carreira por um clube e, depois de alguns anos, vestir as cores rivais. Se para o torcedor isso é uma forma de “traição”, para a direção de qualquer clube é quase um orgasmo anunciar que “a partir daquele momento” o inimigo virou cúmplice, fora que o marketing também adora este tipo de ação. Mas será que o desempenho dos mesmos sempre acompanhou a expectativa esperada quando atuou pelo “vizinho”?

Sem títuloNa história da dupla Bahia e Vitória diversos atletas já atuaram com as duas camisas e poucos conseguiram o mesmo sucesso em ambos. Um dos poucos, inclusive, foi Preto Casagrande. O ex-volante começou no Leão, se transferiu para o tricolor e depois voltou a vestir o manto rubro-negro, mas sempre com a mesma qualidade. RTEmagicC_UesleiBavi.jpgPara os mais experientes, Evaristo de Macedo também arrebentou. Outros que merecem destaque são os atacantes Uéslei e Osni. Já os que não trazem saudade eu prefiro não relatar e deixar que vocês, leitores, opinem sobre.

Nesta edição de clássico, que já está bem desanimado pela atual situação das duas equipes, alguns pontos podem apimentar um pouco esse acarajé que anda bem frio. Jorge Wagner, contratado como camisa 10 e grande articulador para a volta à Série A, mas que ainda não correspondeu, jogará contra o clube que lhe rendeu frutos no futebol brasileiro pela primeira vez vestindo a camisa do grande rival. Quando anunciado pela direção leonina, diversos torcedores tricolores manifestaram repúdio à atitude do meia, mas nada adiantou.

Argentino e baixinho.Sem títuloetrdgrfgh Com estatura e nacionalidade de craque, mas com futebol de Quelé, Maxi Biancucchi será outro a enfrentar o ex-clube. Desta vez, Maxi fará a sua primeira partida contra o Vitória jogando no Barradão e reencontrará o ambiente a qual reergueu a sua carreira dentro do cenário brasileiro. Anunciado como craque pela diretoria do Bahia e grande contratação por ter tirado um atacante destaque de um clube que disputou vaga na Libertadores no ano de 2013, o primo de Messi passou longe e nem de Cajazeiras foi aquele “El diablo” que incomodou diversos zagueiros naquela temporada. O resultado disso foi a pouca participação como titular, escassez de gols e seguidas vaias da torcida.

Cúmplices ex-inimigos – Os dois citados acima seguem assistidos com desconfiança por parte dos seus seguidores, mas o BaVi deste domingo marcará outros encontros nada amistosos. Mansur, se não for vetado pelo Departamento Médico, será outro a enxergar do lado oposto a sua ex-casa. O lateral-esquerdo, criticado em diversas vezes, costuma aprontar contra o Bahia. Até gol já marcou na Fonte Nova… Rhayner, caso esteja 100%, deve ser mais um que entrará em campo e disputará o clássico após ser jogador rival no ano passado. O atacante (zagueiro, meia, lateral…) promete a mesma vontade dentro do Barradão daquela que teve ao ir à sala da diretoria tricolor cobrar os seus direitos. Outro que merece ser frisado é Vander, até mesmo por estarem depositando nele mais expectativas do que no próprio Jorge Wagner. Do lado adversário, Williams Santana deve ser o único vira-casaca, além de Maxi, que pode enfrentar o Rubro-Negro. Ele foi revelado na Toca, onde ganhou destaque no ano de 2008, e transferido para o futebol carioca, mas não teve tanto sucesso, e rodou o Brasil até parar no Fazendão.

Se a velha disputa BaVi está longe de ser aquela da época de Evaristo, Osni, Preto e Uéslei, a expectativa é de que um fenômeno aconteça e que marque a vida daqueles que estarão às 16h no santuário leonino. Não, não estamos falando de uma mudança de postura dos atletas citados, como Jorge Wagner e Maxi Biancucchi, mas sim de outra queda de raio no Barradão, mas que ela seja bem longe do torcedor, se é que me entendem.


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