Nessa terça-feira (13), o Vitória publicou em seu site oficial a notícia de que havia encerrado o caso sobre a dívida com Edinho Nazareth, contraída em 2003. Porém a notícia foi retirada do ar nesta quarta-feira (14), o motivo? Houve uma precipitação por parte do clube em divulgar como encerrado o processo.
Na notícia que foi divulgada, o clube comemorava o que seria um triunfo no processo, já que a dívida que passava dos R$ 8 milhões, foi reduzida para pouco mais de R$ 6,5 milhões. O gerente jurídico do clube, Otávio Freire, chegou a comentar na nota oficial que o acordo acabou “liberando 50% do que está bloqueado (2 milhões de reais) e o restante em 31 parcelas (de 150 mil reais), para poder facilitar um pouco a vida do Vitória.”.
A precipitação ocorreu pelo fato do acordo não ter sido ainda protocolado na Justiça, fato esse que ainda não torna o desfecho de forma oficial. O processo tramita na 11ª Vara Cível e Comercial de Salvador.
ENTENDENDO O CASO:
Em 1996, quando o clube era presidido pelo ex-presidente Paulo Carneiro, Edinho Nazareth, técnico do clube na ocasião (hoje comentarista esportivo) realizou um empréstimo ao Vitória em cerca de US$1,1 milhão de dólares na época, com a promessa de que seria logo pago. Pouco tempo depois, o rubro-negro pagou 600 mil dólares. Os 500 mil restantes acabou se transformando numa confissão de dívidas com o percentual de quatro atletas: os zagueiros Moysés e Marcone, o volante Fernando e o atacante Dudu.
Em 1999, duas transações mudaram o rumo da dívida. Por conta de uma dívida de 300 mil com o empresário Eduardo Uram relacionado a Dejair Brasília, o Vitória cedeu 65% dos direitos econômicos do atacante Dudu. Posteriormente, Uram adquiriu os outros 35%, sendo 25% de Edinho e 10% de uma pessoa ligada a Dudu. Além dessa negociação, Nazareth ainda recebeu cerca de 500 mil dólares da venda de Fernando, quitando totalmente a dívida.
Porém, após ser demitido em 2008, Edinho deu entrada num processo na justiça cobrando o valor de 500 mil dólares. Nesse tempo todo de nove anos, as gestões que presidiram o clube nesse tempo, alegam que não foram citados e nem intimados sobre a cobrança jurídica. Fato que só veio à tona esse ano, após o juiz Benício Mascarenhas da 11ª Vara Cível Comercial de Salvador, ordenar o bloqueio das cotas de televisão e a transferência de jogadores do clube na CBF.
O atual departamento jurídico encontrou somente uma confissão, em nome do clube, acerca da dívida e que o pagamento seria realizado através de percentuais nas vendas dos zagueiros Marcone e Moisés, do meia Fernando e do atacante Dudu. Investigando documentos internos, o jurídico não encontrou nenhum documento que comprovasse a quitação da dívida.
os trapalhões….se bem que os outros eram bem mais criativos e nos felizes….!!!!
Esse caso é uma caixa preta. Sem documentos ou explicações convincentes. Acho que devia apurar a fundo, inclusive convidando Edinho para explicar tudo, mas tudo mesmo.