Passada a euforia pela renúncia acertada do agora ex-presidente do Esporte Clube Vitória Carlos Falcão, a torcida rubro-negra precisa contabilizar o gigantesco saldo positivo desta conquista. A queda de Falcão ainda é um passo muito pequeno dentro das configurações do clube, já que um novo presidente será eleito dentro do atual conselho – montado pelo grupo de Alexi Portela, o mesmo que elegeu Falcão.
Aliás, por essas bandas conselheiras os sinais de mudança são quase imperceptíveis. Basta ver a comissão formada para debater a reforma do estatuto. Ou acompanhar uma entrevista do antecessor de Falcão. Os discursos recheados de arrogância e autoritarismo defendem “não permitir que “aventureiros” assumam o clube”, numa clara demonstração de poder e controle.
A nossa torcida agora tem uma missão que vai além de compartilhar hashtags. Além até de fiscalizar e pressionar o novo presidente que será eleito. O torcedor do Vitória precisa aproveitar a maré de força que derrubou Falcão e intensificar a batalha pela abertura democrática do clube. As eleições diretas para presidente é a meta.
Só que nessa empreitada existe o apoio de ambiciosos e interesseiros. Este movimento precisa seguir coeso e de olhos abertos. Nós temos que nos aproveitar do reconhecimento das figuras que apoiam a causa, e não eles da nossa disposição.
O primeiro passo foi dado e o segundo já tem data marcada. Domingo, 29 de março, aniversário de Salvador e jogo de volta contra o América-RN pela Lampions League. O torcedor retornará ao seu lugar de origem, ocupará o seu espaço de direito e fará a maior concentração de rubro-negros dos últimos tempos no Barradão. Não só pra torcer, mas para mostrar sua força.
A partir de hoje o Barradão é a Cinelândia e o nosso lema é só um: #DiretasJá!
Arte: Mateus Barbuda/ Arena Rubro-Negra