“Ela revirou minha cabeça, deixou tudo fora do lugar. Deu um nó de quase me enlouqueça, impossível foi me controlar”, já diria meu querido Jauperi em uma de suas belas cantigas de amor. Ah, o futebol! Ainda não consegui achar um esporte que mexesse com tantas emoções como este. Emoções de torcedores, emoções de admiradores, emoções de jornalistas, emoções de quem nem devia torcer. Ou não torce e imaginamos ao contrário?
É impossível escrever uma notícia ou matéria sem pensar no caso Victor Ramos. Temos o nosso direito de achar isso e aquilo. Temos o direito de correr atrás da informação. Temos o direito de entender sem desmerecer ou subtender algo apenas por achismos.
Achismo esse que tem mexido com as emoções de pessoas que não eram para ter emoções, pelo menos é assim que se é ensinado nas faculdades, ou os tempos mudaram? Não torcer por times de futebol é quase que impossível quando a área de atuação é o esporte, sabemos disso. Sem querer apontar, subtender ou ensinar, mas que papelão estamos fazendo? Chegamos ao ponto de desconfiar da atitude de um presidente de tribunal pelo simples fato dele ser torcedor. Ah, mas há motivos para desconfiar, posso até concordar. Mas existem motivos para sensacionalizar este fato? Deixo esta pergunta.
Não me dei nem o trabalho de pesquisar muito, mas também achei uma coisa interessante: um dos principais responsáveis jurídicos pelo caso de Victor Ramos e que deu diversos pareceres favoráveis ao Vitória, o procurador-geral Ruy Falcão, é torcedor do Bahia. Olha que interessante… Você viu isto em algum lugar, torcedor? Acredito que não. E nem venha reclamar, quem tá achando ruim, pois como diz o ditado: quem fala o que quer, ouve o que não quer.
Você, leitor, pode até me perguntar o motivo deste texto, e eu vou te responder: não precisa ser sensacionalista. Muitos já sabiam que se tratavam de um rubro-negro e o outro tricolor, mas apenas um lado foi exposto. Engraçado que foi abordado após mais um, eu disse mais um, “ganho de causa” por parte da equipe vermelha e preta.
Como nomeio essa coluna, existe um contraste envolvido neste caso, que não vem sendo julgado por juízes ou pessoas de direito, mas sim por meros entendedores de bola e tendenciosos cidadãos que pregam o terror por meio de duas paixões.
Deixo apenas um recado para vocês: menos sensacionalismo, repito. Mais apuração e informação. O jornalismo e os apaixonados por futebol agradecem.
Muito boa a analise. O Arena está de parabéns nesse quesito.