Poucas semanas atrás o professor certinho, metódico e pragmático Ricardo Drubscky foi demitido sob alegação de não apresentar um futebol de qualidade, bonito e convincente, apesar de ter conseguido fazer boas campanhas. Nos vimos no dilema em que preferimos qualidade (subjetividade) ao invés dos números (objetividade) e assim, o professor fez suas malas e foi ensinar em outro lugar.
E aí meu caros amigos, começou a onda de especulações que nem se comparou ao tradicional do começo do ano por jogadores. Assim como porco no ventilador pra chover linguiça, foram ventilados vários nomes: dos mais insanos (Joel Santana) aos mais improváveis (Paulo César Carpegianne). Corneta, como PCC é improvável? Ora, não lembram que, ao ser demitido ele jurou não treinar mais o Vitória enquanto essa gestão estivesse comandando? Pois é. Improvável (não confundir com impossível).
Pois bem, foram filtrando os nomes até chegarem nos mais cobiçados, seja por parte da imprensa, seja por parte da torcida ou da diretoria: Enderson Moreira, Adilson Batista, Gílson Kleina e Vágner Mancini.
O primeiro tinha acabado de sair do Santos, demitido, por não escalar jogadores da base (com empresários fortes), para a torcida esse seria o nome. O segundo, treinou boa parte do Vasco na subida pra Série A e saiu por não estar convencendo, depois de sofrer goleadas. Para a diretoria, esse seria o nome certo já que tinha costume de Série B. O terceiro, um conhecido nosso à parte, já que trabalhou na região metropolitana daqui e para a diretoria, seria um bom nome também por já conhecer a cidade. Inclusive, cheguei a sonhar que nosso próximo treinador seria um ex-Sardinha, ainda bem que foi um sonho somente. O quarto era aclamado pela torcida, além de ter trabalhado aqui, eternamente lembrado pela “jogada casquinha” protagonizada por Telmário e Little Marcos. Chegou-se a noticiarem que estava almoçando já com Anderson Barros, acertando os detalhes. O almoço rola até hoje.
Em polvorosa, os sites, jornais, toda a imprensa esportiva esperavam ansiosamente pelo nome e eis que, Falcón e sua trupe, no que mais sabem fazer que é nos surpreender, anunciam Claudinei Oliveira. Muitos se perguntaram: “quem é o tal do Claudinei?”
Nem eu sei. Só sei que estava no Santos um tempo atrás, sumiu, apareceu no Atlético Paranaense e agora vai desembarcar aqui. Sobre esse último emprego dele, largou o time curitibano na zona de rebaixamento do estadual. Ainda bem que já estamos classificados nos campeonatos que estamos.
E por falar nisso, nesse meio ínterim, Paulo Carneiro (amado por uns, odiado por tantos outros) é o novo diretor de futebol do Atlético e, ainda não sei, foi responsável por demitir e apresentar um novo técnico, que foi Enderson Moreira (a cobiça de nossa torcida). Nisso, deixo a questão no ar: será que Paulo Carneiro chegou pra Claudinei e falou “vá pro Vitória, é rubro-negro também”? Ou será que é um “chumbo trocado” do time paranaense pelo que nossa diretoria fez com Telmário e Léo?
Não sabemos, mas esperamos que o senhor Claudinei Oliveira faça um bom trabalho, do contrário, eu terei muito trabalho. E já deixo o aviso: Claudinei, a Corneta está no seu rastro!