Início Colunas Contraste Um Vitória que peca nele mesmo e que se “salva” pelos outros

Um Vitória que peca nele mesmo e que se “salva” pelos outros

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Diferente da escritura bíblica, que nos ensina que cada um tem que buscar pela sua salvação, pois ela é individual e conquistada pelas próprias obras aqui na terra, o Vitória, como de costume, foge do que se pode pensar de normal. O pecado, que por muitas vezes é ocasionado por outras pessoas e situações, parece que não obedece esses requisitos no rubro-negro baiano. Ele mesmo consegue pecar e ser perdoado por um pecado que parece que até Deus não quer que ele pague.

Ao juiz apitar o final do jogo contra o Santos, xingamentos, ataques, remédios de pressão e discursos apareceram mais que as notícias de prisão de ex-governadores do Rio de Janeiro. Foi um tal de “a culpa foi dele”, “eu desisto”… Enfim. Parece o início de um final já escrito. Afinal, o Leão obedece com louvor à cartilha que ele mesmo já escreveu anos atrás: “Como ser rebaixado”.

Se fossemos contar a história do nosso time o final era até fácil de adivinhar. Time que depende de um jogador só, supostas brigas de ego no elenco, turbilhão político fora das quatro linhas, erros de arbitragem, declarações polêmicas aos microfones que coçam por um “ti-ti-ti” e erros individuais ridículos de atletas que já mostraram que o pecado, assim como a derrota e o rebaixamento, pouco importa.

Mas aí tem o Internacional, nosso redentor, time campeão de tudo e que faz questão de ser o alento de todos nós (ops, da gente, para não sentirem uma mensagem subliminar chapista). Parece que o colorado faz questão de cair no lugar do Vitória, repetindo não só os erros que o time baiano repete, mas também os que ninguém imaginaria que um time como este faria. Mas também é abusar demais trazer quatro técnicos DURANTE O BRASILEIRO e não querer lutar por algo melhor do que a 16ª posição na tabela.

E quem diria… O gol de Serginho nos salvando da zona nesta rodada. Um gol que resumiu bem o que acontece no Barradão neste momento: cruzamento de Diego Renan de direita, perna que ninguém sabe se é a boa ou a ruim dele, e gol do camisa 13 de costas, pois se fosse de frente ele provavelmente erraria, como errou em dois lances anteriores. Tudo ao contrário.

Agora é o Figueirense, time praticamente rebaixado, mas que já aprontou por aqui em outras situações. Nada de jogo fácil. Você que lê este texto deve tá falando: “Esse Flávio é corneteiro!”. Não é bem assim. São fatos, apenas fatos.

Para uma vida ser abundante fatos devem ser pensados, apesar de termos o livro arbítrio de nossas vidas. Fazer o que queremos pode nos levar a um lugar incomum e inesperado. Só que para o Vitória fazer o que não quer e mesmo assim fazendo pode colocá-lo em um lugar de angústia, como a segunda divisão. Mas não! Para quem acredita, ainda temos o purgatório, aliás, o Inter!


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