“Não há um dia de paz para o torcedor do Vitória”.
Se você torce para o Esporte Clube Vitória, certamente já falou ou ouviu a sentença acima. De fato, torcer para o Leão nos últimos tempos tem sido acumular derrotas, vergonhas e vexames. Os resultados dentro de campo são desanimadores e a postura dos dirigentes fora dos gramados torna a situação ainda pior.
Ainda que agora tenhamos a expertise de um gestor com experiência no futebol, algo que os presidentes anteriores (Ivã e Ricardo) não tinham, o resultado acabou dando na mesma. Eliminado na Copa do Nordeste pelo carrasco Ceará (desde 2013 é a quarta eliminação para o alvinegro cearense) e fora da fase final do Campeonato Baiano pelo segundo ano consecutivo (terceira vez desde 2015).
Em 2019, caímos no Nordeste após uma classificação bizarra (campanha com sete empates e uma derrota). Nas quartas de final, goleada do Fortaleza por 4×0 e um adeus melancólico do maior campeão da competição.
No Campeonato Baiano, até a última rodada o Vitória integrava o G4 e enfrentou, no Barradão, o Fluminense de Feira, já sem chances de classificar. Derrota por 2×0 e eliminação confirmada.
Em 2020, situações um pouco diferentes. A campanha na primeira fase do Nordeste foi melhor, 14 pontos conquistados e 2º lugar no Grupo B. O desempenho nas quartas de final, contra um rival cearense (agora o Ceará) e em campo “neutro” (Pituaçu, já que a pandemia fez a fase final da competição ser na Bahia, teve circunstâncias diferentes. O time até jogou melhor do que dos 4×0 do ano passado, mas não teve forças para sequer empatar jogando com um a mais. Derrota por 1×0. Eliminado.
No Baiano, a equipe vinha de duas derrotas e um empate. Amargando a 6ª colocação e precisando, além de vencer, contar com resultados favoráveis nas outras partidas. Mas o que se viu em campo contra o Doce Mel, time que remontou seu elenco faltando uma semana para recomeçar o campeonato, foi ridículo. Ficou atrás do placar duas vezes, empatou, mas não teve forças para vencer. Mais uma eliminação consumada.
E o que podemos concluir, amigos rubro-negros (já diria Pecê)? Com ou sem expertise, falta resultado. O Vitória repete o roteiro de anos anteriores dentro do campo, ainda que exista algum sinal de melhora na gestão além das quatro linhas (em alguns aspectos, que fique claro). Entenda você de futebol, ou não, o resultado todo mundo viu: o ano é novo, mas o vexame foi velho.