Após um resultado de igualdade em São Paulo, zero a zero na Arena Corinthians, diante do time da casa, o treinador Vagner Mancini destrinchou, em entrevista coletiva, o que viu de sua equipe durante o jogo.
“Um jogo onde o Vitória se comportou muito bem, extremamente consistente. Depois daquela derrota diante do Santos, a equipe mostrou muita evolução, poderia, naquele momento, ter perdido um pouco o rumo. A gente se fechou, tentamos fazer com que o time tivesse uma reação, que pôde ser vista contra a Chapecoense e hoje. Óbvio que, no final, o Corinthians exerceu uma certa pressão, mas o Vitória soube sair rápido, teve na última bola a chance para matar a partida. Sempre que venho jogar aqui na Arena (Corinthians), procuro montar equipes rápidas. Embora hoje a gente tivesse o André Lima na frente, um atleta que faz bem o pivô, apostamos exatamente nisso. O campo é extremamente rápido e faz com que você tenha que jogar de uma forma diferente. Estudamos bem o Corinthians, soubemos até marcar bem à frente. Na segunda etapa, não conseguíamos mais fazer isso, porque alguns atletas nossos estavam desgastados. Tivemos que recuar um pouco a equipe, mudar a estratégia”, afirmou.
O treinador foi rapidamente questionado sobre a provável formação de zaga do Vitória para o próximo duelo válido pelo Campeonato Brasileiro, contra o São Paulo, novamente fora de casa. Mancini não terá Kanu (suspenso pelo terceiro cartão amarelo) e Aderllan, que ainda possui vínculo com a equipe do Morumbi.
“Eu já havia tirado do jogo Ramon e André Lima, sabia que nós iríamos sofrer com a bola alta e não podia depender somente dos dois zagueiros. A entrada do Bruno foi exclusivamente por isso, mas também pensando no jogo de terça-feira, onde não vou ter Kanu e Aderllan. Espero que rapidamente o Ramon possa estar apto a jogar, e que essa dupla para terça-feira seja Ramon e Bruno”, enfatizou.
Quase uma semana após o duelo, foi inevitável que o revés diante do Santos – derrota por 5 a 2 na Vila Belmiro – fosse novamente assunto na sala de coletivas. O treinador explicou os motivos de, desde então, ter notado evoluções na equipe.
“Jogando fora de casa, nós sabíamos que iríamos impor riscos. O jogo de Santos foi um acidente de percurso. Era necessário que diante de Chapecoense e Corinthians, nós tivéssemos uma atitude diferente, até para que nós provássemos isso. O Vitória é esse time que jogou hoje. Aquele time da Copa do Brasil (também diante do Corinthians) estava reduzido, alguns atletas não estavam inscritos, tínhamos que manter uma equipe que já vinha caindo de produção, mas que era necessário em função dos atletas que não poderiam atuar. Espero que este seja o Vitória do campeonato, embora a gente espere a chegada de mais alguns atletas na parada da Copa”, destacou.
O questionamento final dos repórteres foi acerca dos mencionados reforços que virão durante a Copa do Mundo. Dentre eles, o nome mais especulado nos últimos dias, o do volante Arouca. Mancini aproveitou para comentar a escassez de atacantes no elenco, fato que tem sobrecarregado o camisa 99, André Lima.
“Desde que dê certo, o Arouca é um atleta que vai nos ajudar muito. É um atleta destacado. Não sei em que pé está a negociação. Não tenha dúvida que se vier, vai somar e muito. Sobre o atacante, nós temos somente o André, e eu tô exigindo muito dele. É um atleta que tem se dedicado dentro de campo. No jogo da Chapecoense, jogou os 90 minutos. Hoje, chegou numa parte do segundo tempo que estava desgastado. É um atleta dotado de muita capacidade, mas que sozinho tem uma exigência muito grande”, concluiu.
Com o resultado diante do Corinthians, o rubro-negro baiano caiu uma posição na tabela, estando agora na 15º colocação, com 12 pontos. A delegação rubro-negra permanece na capital paulista. Nos próximos dois dias, haverá treino no CT do Palmeiras. Já na terça-feira (12), a partida diante do São Paulo, que faz boa campanha na competição.
