Tudo caminhava para um triunfo tranquilo numa noite fria no Barradão até os 37 minutos do segundo tempo, quando Erik entrou na diagonal, venceu Richarlyson na corrida e chutou cruzado de forma indefensável para Gatito. O Vitória seguia vencendo até um cruzamento de Tiago Real pela direita e Bruno Mineiro ganhar de cabeça, marcado por Nino, e empatar o jogo.
Essa narrativa foge um pouco ao perfil da coluna de Analise Tática do Arena Rubro-Negra, mas sintetiza o que aconteceu no apagão rubro-negro. Porém, o gol do Goiás estava desenhado desde começo do segundo tempo quando Ricardo Drubscky avançou o time e pressionou a frágil defesa rubro-negra com a colaboração de Ney Franco, mas isso é um assunto para daqui a pouco.
Sem Dinei, vetado pelo departamento médico, e Escudero longe da forma física ideal, Ney Franco apostou em um sistema de jogo similar ao praticado contra o Sport pela Sulamericana. Marcação no seu campo defensivo, velocidade nas pontas e finalização letal.
O Goiás veio com uma proposta pronta: forçar o jogo na lateral-esquerda do Vitória com a dupla Tiago Real e Thiago Mendes, só que no primeiro tempo, não deu tão certo.Ney Franco também concentrou o seu jogo pela ponta esquerda com o rápido Vinicius forçando o jogo em cima de Tiago Real. Deu certo, duas jogadas, dois gols e vantagem rubro-negra.
Com Cáceres lesionado, Ney optou pela entrada de Adriano. A substituição colocou Richarlyson na lateral e Juan como articulador. A transição ficou lenta e com os atacantes cansados, o Goiás foi ganhando campo. A entrada de Escudero pouco somou. Ainda longe da sua forma física e técnica, o gringo não conseguiu armar os contra-ataques necessários e o time perdeu ainda mais o meio de campo.
Percebendo isso, Drubscky foi ao ataque e colocou Ramon e Bruno Mineiro. Pressionou até que saiu o primeiro gol e depois o segundo. O Vitória não tinha mais forças para desempatar, mas Ney Franco optou pela entrada de William Henrique em lugar do cansado Nino. Deu tempo de “Pica-Pau” fazer o (inútil) jogo.
O empate complica a situação rubro-negra, afinal as vitórias em casa são essenciais para uma recuperação. Agora, é obrigação vencer fora para se recuperar.