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Plano de Gestão: o que é e a sua importância pro torcedor do Vitória

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Campos e prédio administrativo do CT Manoel Pontes Tanajura, do Vitória. Local abriga DM e vestiários. Foto: Reprodução

Com a aprovação do novo Estatuto Social do Vitória, vieram algumas mudanças que visam não só uma transparência melhor do clube como também ferramentas que possibilitam um acompanhamento com mais facilidade por parte do torcedor rubro-negro. E com a eleição ocorrendo neste sábado (17), todo sócio apto a votar pode requerer uma consulta aos planos dos candidatos.

Uma dessas ferramentas, talvez a mais destacada, é o Plano de Gestão. O art. 126, item III, do Estatuto rege que o sócio que venha se candidatar ao cargo de presidente do Conselho Gestor, através de uma chapa, deverá obrigatoriamente apresentar (no ato do registro da sua candidatura) um plano resumido com todas as ações que pretende realizar no clube, que vai desde à infraestrutura do complexo do Barradão, passando pela base, até chegar no futebol em si.

Os arts. 140 e 141 detalham o que devem conter, minimamente, o Plano de Gestão dos candidatos. São eles: Governança (manutenção e ampliação da melhoria operacional no clube); Comunicação (diretrizes de comunicação e relacionamento com o torcedor, principalmente no atendimento); Marketing (captação de receitas e investimentos em patrocínios, campanhas e promoções); Patrimônio (projetos e obras para melhoria e ampliação dos móveis e imóveis do clube, cronogramas financeiros); Futebol (orçamento, avaliações de desempenho, mercado e categorias de base); Esportes Gerais (escolinhas de futebol e promoção de outras modalidades como basquete, vôlei e artes marciais); Jurídico (gestão de processos, contingências legais e estratégias jurídicas que visam redução de danos financeiros e morais ao clube) e; Cenários Econômicos (estudo do mandato de três anos com metas previstas de formas conservadoras, além de traçar as possibilidades pessimistas e otimistas).

As chapas que concorrerão ao Conselho Gestor, apresentaram seus planos: a Frente Vitória Popular (FVP), o Movimento Novo Vitória (MNV), o Vitória Para Todos (VPT) e a Reconstrução Do Vitória. Cada plano cumpriu os requisitos mínimos, porém a FVP entrou com um recurso na Comissão Eleitoral contra o Plano apresentado pela chapa Reconstrução Do Vitória, alegando que apresentavam informações genéricas sem detalhar os itens (o que fazer e como fazer).

A Comissão indeferiu (ou seja, negou o recurso) e confirmou que o Plano de Gestão apresentado pela chapa atende aos requisitos, se valendo do art. 126, mencionado acima, em que o plano não necessariamente deveria detalhar, mas apresentar de uma forma resumida, o que foi entendido pelos membros da comissão eleitoral.

MOÇÃO DE DESCONFIANÇA

Uma ferramenta atrelada ao Plano de Gestão, apresentada no Estatuto, é a Moção de Desconfiança (arts. 58 a 62). É um documento em que 1/3 dos conselheiros podem requerer ao presidente do Deliberativo que notifique o presidente do Conselho Gestor o não cumprimento de itens do seu Plano de Gestão (as promessas). Essa moção pode ser feita em qualquer tempo durante a gestão do presidente, porém só poderá ser feita uma vez. Após defesas e pareceres do Conselho Fiscal, caso rejeitem as provas do presidente, uma AGE deverá ser convocada para destituir os membros do Conselho Gestor responsáveis pelo não cumprimento dos itens.

São ferramentas como essas que fazem o torcedor, não somente o sócio votante, conhecer um pouco mais do que acontece no clube, acompanhando os passos da direção, de forma mais transparente e clara.

Neste sábado (17), a votação ocorrerá das 9h às 19h no Barradão. A reportagem do Arena Rubro-Negra estará acompanhando durante todo o dia, com a apuração e a proclamação dos vencedores. Acompanhe pelo site e em nossas redes sociais.


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