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Quem irá se destacar? Vejam os possíveis personagens que podem mudar a história do clássico

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O clássico se aproxima. Está chegando a hora de mais um BaVi (ou SarVi, ViSa, Pescaria, como queira), o de número 472 na história do maior clássico do Norte-Nordeste em todos os quesitos, apesar de um ou outro não atravessar um bom momento. Desde o primeiro “baba” no Campo da Graça, muitos personagens surgiram, muitos se tornaram ídolos em partidas memoráveis. Como não lembrar do gol do gigante Arthurzinho após bela jogada de Zé Roberto, quando o Vitória tinha menos dois jogadores em campo? Como não citar Índio, autor de quatro gols em plena Fonte Nova, “flechando” a torcida adversária? E o nigeriano Ricky, que num gesto mediúnico prometia gols antes do BaVi e fazia, sendo um dos únicos que fez gol em todos os clássicos de 84 à 86? E claro, mais recentemente o atacante Telmário, ou Dinei, autor de quatro gols em uma goleada história na Arena Fonte Nova. Como podem ver, é algo que não é pra qualquer um, pois muitos já tentaram e falharam.

No Vitória, um jogador para se considerar parte importante na história do clube, tem que pelo menos ter disputado um BaVi e, sendo ainda mais exigente, ter feito gol (ou para alguns basta apenas ter feito alguma gozação com o rival). No atual elenco temos jogadores que já disputaram o clássico alguns anos atrás, outros que participaram em partidas memoráveis, alguns que já jogaram pelo lado inimigo e hoje se regeneraram e ainda aqueles que disputarão pela primeira vez. São nesses possíveis personagens que vamos ver agora no texto.

Dos que já participaram em outros tempos: nesse estamos nos referindo a Pedro Ken, que retornou esse ano, depois da ótima passagem em 2012. O meio-campista nipônico disputou quatro clássicos naquele ano, ambos pelo Campeonato Baiano e não perdeu nenhum jogo: dois terminaram num empate sem gols (um no Barradão e outro em Pituaçú), um triunfo no Barradão por 3 x 2 (onde nos acréscimos do primeiro tempo, Geovanne com maestria fez um golaço de falta) resultado feito na primeira etapa ainda, válido pela fase de grupos. Na final, disputada em dois jogos, outro empate sem gols no Barradão e um 3 x 3, em que chegou a fazer uma assistência pra um gol de Dinei, porém a vantagem do empate era do adversário e conquistou o título daquele ano (em um jejum de dez anos sem títulos), jogo que ficou marcado pelas falhas do goleiro Douglas.

Dos que participaram em jogos memoráveis: aqui podem ser representados por Escudero, que desde 2013 atua pelo clube, alcançado o status de ídolo por boa parte da torcida rubro-negra. O meio-campista gringo, em seu primeiro ano no Vitória, estava no jogo que marcou a reinauguração da nova Fonte Nova, agora como Arena, naquele memorável 7 de abril. Naquele ano, o Vitória conseguiu o acesso para a Série A e fez muitas contratações, dentre elas o argentino e vinha empolgado e pronto para acabar com a festa do adversário que tinha ganhado a edição anterior. Na histórica goleada por 5 x 1, válido pela primeira fase do Campeonato Baiano, Escudero fez um excelente jogo (assim como todo o time) e coroou sua exibição ao marcar o último gol após o mesmo iniciar a jogada e concluir após cruzamento de Marquinhos. Ele ainda participou da outra goleada ainda mais sonora: o famoso 7 x 3, também na Fonte Nova, jogo marcado pelo “ah lelek lek” e os quatros gols de Dinei, válido pelo primeiro jogo da final do Baiano daquele ano.

Dos que jogaram lá e agora estão cá: dessa lista podemos mencionar mais de um e provavelmente a cada nome citado, haverá queixa da torcida, não só pelo fato de ter vindo dos “campos inimigos”, mas por ainda não apresentarem um futebol ao qual foi contratado. O veterano Jorge Wágner chegou com o objetivo de ser a cabeça pensante para auxiliar Escudero nas armações, mas com as péssimas exibições dando dor de cabeça aos torcedores, amarga o banco de reservas. Chegou a disputar o primeiro jogo em março desse ano, no empate por 1 x 1 e pode, quem sabe, ser o personagem para roubar os holofotes no sábado. Outro que veio de lá e jogou pouco tempo em março é o atacante Rhayner, que ainda não mostrou pra que veio como atacante, compensando na correria desenfreada e no poder de marcação. Ainda pode endossar essa lista o meia-atacante Vander (que participou do 5 x 1 de 2013) e pode ser relacionado para sábado.

Dos que disputarão pela primeira vez: a maioria disputou o BaVi de março, naquele empate no Barradão, mas de lá pra cá chegaram velhas e novas caras que irão disputar pela primeira vez o maior clássico do Norte-Nordeste, dentre eles estão o centroavante Elton e o zagueiro Guilherme Mattis. O primeiro, apesar de ter integrado o elenco de 2012 que conseguiu o acesso naquele ano e ser baiano, nunca disputou o BaVi e no sábado terá a chance (e é o mais provável a conseguir) de ser um dos principais personagens rubro-negro no confronto, na missão de balançar as redes. Já o segundo, totalmente novato, se mostra empolgado em disputar pela primeira vez o clássico e a missão de parar o ataque adversário que não vem sendo esse bicho todo que estão propagando, aliás, nosso zagueiro é que irá impor medo em campo. Não precisa ser que nem Marcelo Heleno e sair comendo tudo, basta continuar fazendo o que tem feito e pode sim ser o personagem do clássico.

E você torcedor, em quem aposta para ser o destaque desse BaVi? Quem será o personagem do clássico?


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